O cidadão da República Democrática do Congo (RDC) Moise Kabagambe refugiado no Brasil desde criança foi espancado até à morte depois de ir reclamar salários em atraso, no Rio de Janeiro.
Um dos envolvidos no crime disse não ter havido intenção de matar Moise Kabagambe, mas a vítima, que agonizou por 10 minutos, perdeu a vida para o racismo.
A comunidade congolesa no Brasil está revoltada e promete protestos para pedir justiça.
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Ele foi espancado até a morte depois de ter ido cobrar dois salários atrasados num quiosque na praia da Tijuca, no Rio de Janeiro, a 24 de Janeiro.
A polícia divulgou imagens das agressões.
Cinco homens deram mais de 30 pauladas, pontapés e socos em Moise, depois de o terem imobilizado e amarrado.
A embaixada da RDC, além das comissões de direitos humanos no Brasil e a Ordem dos Advogados acompanham o caso.
A morte de Kabagambe gerou protestos na comunidade negra por todo o Rio de Janeiro.
Uma grande manifestação está marcada para o sábado, 5 de Fevereiro.
“A gente não rouba, a gente não mata. E como que vai matar o meu irmão que estava trabalhando? Justiça!”, pediu o irmão de Kabagambe, durante o funeral.
Entretanto, um dos envolvidos no crime disse num vídeo publicado nas redes sociais que não tinha intenção de matar Moise Kabagambe e que não se tratou de racismo.
Dos cinco agressores, três foram detidos pela polícia.