Sibongile Khumalo, cantora sul-africana de ópera e jazz, morreu, nesta quinta-feira, 28, noticiou a Reuters, citando a sua família.
A cantora de 63 anos de idade morreu de derrame cerebral depois de doença prolongada.
Nascida em Orlando west, no Soweto, arredores de Joanesburgo, não muito longe da casa do falecido Presidente Nelson Mandela, Sibongile era muito respeitada na África do Sul e na região. Em 2008, recebeu a Medalha Presidencial de Ikhamanga em Prata, a segunda mais importante do país, em reconhecimento da sua contribuição nas artes.
Além de cantar na tomada de posse de Nelson Mandela, como primeiro presidente negro da África do Sul, em 1994, e no seu 75º aniversário natalício, Sibongile Khumalo passou pelos melhores palcos do mundo, incluindo o famoso Royal Albert Hall, de Londres.
O repertório desta soprano com formação clássica incluía temas de música europeia, folk africano, soul e jazz moderno. Entre 1996 e 2016, gravou, pelo menos, oito discos, dos quais saíram os sucessos Township medley, Untold story, Thula mama ou Mahihlome.
Veja Também África do Sul: Morreu Jonas Gwangwa, trombonista anti-apartheidTratada como “Primeira Dama da Canção” ou MaMngoma, Sibongile Khumalo teve a sua iniciação musical aos oito anos de idade – violino, canto, representação e dança. O seu pai, Khabi Mngoma, era professor de música.
Sibongile Khumalo cresceu num meio em que abundava a música de Letta Mbulu, Miriam Makeba, Roberta Flack, Jimmy Hendricks, Carly Simon ou Janis Joplin.
Adolescente, numa África do Sul racista e com limitadas oportunidades para os negros, já sabia que queria ser cantora de ópera. Fez o curso superior de música na Universidade de Zululand – criada, em 1960, inicialmente para falantes de zulu e swazi - e tornou-se professora.
Mais tarde, continuou os estudos na Universidade de Witwatersrand. Obteve também doutoramentos honorários.