Morreu, nesta sexta-feira, 29, em Maputo, o reputado poeta e escritor moçambicano Calane da Silva.
Nos últimos dias, Calane estava hospitalizado. Tinha complicações relacionadas com a Covid-19.
Raul Alves Calane da Silva, nascido em Maputo, a 20 de Outubro de 1945, foi jornalista, tendo sido chefe da redacção da Televisão Experimental de Moçambique e coordenador da secção cultural da revista Tempo.
Em 1982 lançou o livro de poemas Dos meninos da Malanga, que foi seguido por, pelo menos, outras 10 obras, incluindo Xicandarinha na lenha do mundo, Gil Vicente: folgazão racista?, Ao mata bicho, Nyembêtu ou as Cores da Lágrima, Pomar e Machamba ou Palavras.
Em 2011 recebeu o Prémio José Craveirinha, o maior galardão literário moçambicano, em reconhecimento da sua carreira na literatura e no ensaio.
Doutor em Linguística Portuguesa pela Universidade do Porto, Calane da Silva era docente da Universidade Maputo.
Entre outras actividades, Calane da Silva dirigiu o Centro Cultural Brasil-Moçambique em Maputo.
(Notícia em actualização).
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