Chude Mondlane, cantora moçambicana, de 66 anos de idade, morreu, na madrugada desta segunda-feira, 24, num hospital de Joanesburgo, África do Sul.
Filha de Eduardo Mondlane, fundador da Frelimo, movimento que conduziu a luta pela independência de Moçambique, Chude explorava jazz, soul e ritmos moçambicanos.
“Activista e artista moçambicana, Chude sempre encantou aos amantes da cultura com as suas danças modernas, estilo que muito cedo cultivou, incluindo ballet clássico”, escreve o presidente Filipe Nyusi no Facebook.
Na adolescência, Chude dedicou-se à dança, e sobre isso registou no seu Instagram que “em 1971, comecei os meus estudos na ex-URSS, após dois anos de formação na Academia de Coreografia e Dança Moderna da Filadélfia (Estados Unidos)”.
Veja Também Chude Mondale um produto de duas culturas e resistências“Mal sabia eu que um ano depois eles me enviariam de Moscovo para o Cazaquistão devido ao facto de que a minha pele (negra) não combinava muito com a tradicional 'carte de ballet' branca (para aqueles que não estão familiarizados com o termo, é basicamente os dançarinos de apoio)”.
Na música, vivendo nos Estados Unidos e assinando como Shoody, em 1981, fez um contrato com a editora JVC, e lançou os discos Tomorrow’s Child e Samurai.
Em Moçambique, a partir da década de 1990, Chude desponta no circuito de jazz e projectos experimentais como Trânsito. Gravou com Júlio Silva e manteve-se activista cultural.
A nível internacional, gravou, entre outros, como Roberta Flack e Jason Miles.
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