SADC preocupada com violência política em Moçambique

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, SADC, considera preocupante a tensão política em Moçambique, que ameaça o processo de desenvolvimento do País.

SADC preocupada com violencia política em Mocambique - 02:42

Segundo o Secretário Executivo da SADC, Tomaz Salomão, Moçambique é um exemplo de reconciliação, estabilidade e paz depois de 16 anos de conflito armado.

Para Tomaz Salomão, os dirigentes do Governo e da Renamo devem colocar os interesses do País acima de qualquer ambição.

Salomão acredita que o Governo e a Renamo ainda não esgotaram formas de resolver o problema internamente.

Moçambique vive uma situação quase de guerra, depois da imposição de uma zona de exclusão na única estrada que liga o País do Norte a Sul pela Renamo. O governo reforçou efectivos militares para escoltar viaturas de transporte de pessoas e bens.

Entretanto, o Presidente Armando Guebuza substituiu o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Paulino Macaringue, cujo mandato expirou em Abril último, mas que podia ser renovado por mais três anos.
O novo Chefe é Graça Chongo.

O desempenho de Macaringue era considerado fraco no meio dos ataques armados da Renamo, que já mataram pelo menos sete militares. Tem havido relatos frequentes de roubo de armamento por membros das Forças Armadas.

Aliás, o próprio general sofreu um assaltou no qual os meliantes levaram o carro, três armas de tipo pistola e computador portátel.

O carro foi recuperado na cidade de Xai-Xai, a 200 quilómetros da capital do País, onde ocorreu o assalto.O computador do general, esse, continua desaparecido, e ninguém sabe que tipo de informação estava no instrumento.

As Forças de Defesa de Moçambique, formadas no espírito do Acordo Geral de Paz, são consideradas muito fracas, menos treinadas e mal equipadas. No ataque ao paiol de Savane, sete militares morreram, mas ninguém dos atacantes perdeu a vida, ficou ferido ou capturado.