Moçambique rende última homenagem a Jeremias Pondeca

Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, deposita coroa de flores no velório de Jeremias Pondeca

Renamo promete continuar a luta.

Moçambique rendeu hoje a última homenagem ao Conselheiro de Estado, Jeremias Pondeca, assassinado no passao sábado, 8, por desconhecidos em Maputo.

A homenagem teve lugar durante o velório de corpo presente que, para além de familiares, amigos e colegas do partido, juntou representantes de todos os órgãos de soberania, incluindo o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o seu antecessor, Armando Guebuza.

Com um discurso emotivo e de consternação, a família do malogrado vincou durante o elogio fúnebre, a certeza de que Jeremias Pondeca foi vítima de violência política.

“Não podemos pensar diferente, sob o risco de te custar a vida”, disse um dos filhos do malogrado, deixando uma outra certeza: “Os que te assassinaram vingar-se-ão entre eles”.

Filipe Nyusi, depositou uma coroa de flores, não deixou nenhuma mensagem nem fez qualquer declaração à imprensa, mas o Conselho de Estado, órgão de que é presidente, deixou uma mensagem onde diz basta de violência no país.

“Nenhuma morte violenta deve ser incessível a nós moçambicanos, muito menos quando acontece em nosso solo pátrio. Contra a violência devemos todos erguermos a voz e dizer basta” disse Amade Miquidade, secretário do Conselho de Estado.

Mario Raffaelli, que representou os mediadores do diálogo político para o restabelecimento da paz no país, considera que o assassinato de Pondera, que era membro da equipa que negoceia a paz, deve servir de catalisador para o fim da violência.

“A melhor maneira de reagir ao que aconteceu é multiplicar os esforços para acabar com todos os tipos de violência e para atingir a paz”, disse Raffaelli.

A Renamo, partido de que era membro, prometeu, perante o corpo inerte de Pondeca, que os ideais pelos quais lutou, em vida, vão ser continuados.

Os restos mortais de Jeremias Pondeca serão enterrados na quinta-feira, 13, no Posto Administrativo de Chidenguele, província de Gaza.