A Renamo exigiu hoje explicações ao governo e ao parlamento, sobre os contornos e as consequências do encerramento do Nosso Banco, para a economia e, sobretudo, para o cidadão que lá tinha as suas poupanças.
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A Renamo considera que a situação é de tanta preocupação, daí que as explicações do executivo tem um carácter de urgência.
A preocupação da maior bancada da oposição parlamentar tem ainda como base o facto do banco ora encerrado ter como accionistas maioritários o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), depositário do fundo de pensões dos trabalhadores, e a empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM).
“Queremos ter esclarecimentos sobre os investimentos das empresas públicas feitos pelo INSS e pela EDM neste banco (Nosso Banco), bem como o tratamento que será dados aos depósitos efectuados pelos clientes” disse Juliano Picardo, deputado da Renamo.
A direcção do parlamento ouviu a exigência e deixou promessas de dar seguimento ao assunto.
Muitos cidadãos e empresários moçambicanos receiam o encerramento de mais bancos, precisamente numa altura em que a situação da economia moçambicana se revela totalmente deteriorada, por conta da descoberta de dívidas secretas.
De momento, é precária a credibilidade internacional de Moçambique.
Em contactos com os credores da dívida externa, o governo voltou a revelar a incapacidade de pagamento em 2017 e pediu uma solução urgente, que passam pela renegociação da dívida.
O posicionamento dos credores já é conhecido: Qualquer negociação só depois da conclusão da auditoria forense, que só termina em finais de Janeiro do próximo ano.