Os Sul-africanos irão oferecer, este ano,100 elefantes a Moçambique, país muito afectado pela caça furtiva de uma espécie faunística que ameaça ser extinta.
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A operação de translocação dos animais começa em Junho e vai durar cerca de quatro meses.
Tudo isso acontece numa altura em que Moçambique ainda regista número elevado de mortes de elefantes, abatidos por furtivos.
Os elefantes são oriundos de várias partes da África do Sul, oferecidos por privados daquele país e pelo Kruger National Park. Serão distribuídos nos parques nacionais de Bazaruto, Banhine e Limpopo.
Só em 2017, o país perdeu 188 paquidermes, que são abatidos por causa do marfim, produto que tem como destino final a Ásia, onde é comercializado a preços muito altos.
Em 2011, havia, em Moçambique, 20 mil elefantes, mas, até 2014, o país já tinha perdido 40 por cento da espécie.
Bartolomeu Soto, do ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, diz que a maior parte das mortes acontece no norte de Moçambique, nomeadamente no Parque das Quirimbas e na Reserva do Niassa, onde a caça é feita por furtivos provenientes, sobretudo, da Tanzania, e considerados difíceis de capturar.