O rapto, tráfico, assassinato, extracção de órgãos e partes do corpo de cidadãos albinos ganhou, nos últimos anos, ganhou contornos alarmantes em Moçambique.
Dados fornecidos pela Procuradoria-Geral da República indicam que, em 2016, foram movimentados em Moçambique um total de 19 processos relacionados com casos de tráfico humano, no geral, dos quais sete tinham como vítimas cidadãos com problemas de albinismo.
Em 2015, dos 38 processos de tráfico humano movimentados pela justiça moçambicana, 15 tinham relação com albinos. E, desses 15, 10 foram acusados, 3 arquivados e dois ainda estão em instrução, nos tribunais.
Apesar de a estatística mostrar que o número de casos de homicídio e tráfico de albinos está a diminuir, o assunto ainda continua a preocupar.
Tanto assim que a OIM, Organização Internacional para as Migrações, decidiu organizar, nesta quinta-feira, 18, um encontro especializado, em Pemba, capital da província nortenha moçambicana de Cabo Delgado.
A Procuradora-Geral Adjunta, Amabélia Chuquela, disse à Voz da América, que, além de moçambicanos, participam no encontro de dois dias, também peritos do Malawi e da Tanzânia, países que também registam casos de rapto de albinos.
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