Em Moçambique, o presidente do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento(PDD), Raúl Domingos, exige a revisão da Lei Eleitoral, principalmente na parte referente a votos nulos porque prejudica a oposição. Ele diz esperar que o Conselho Constitucional mande repetir as eleições, pelo menos em locais onde se registaram graves irregularidades.
Your browser doesn’t support HTML5
As eleições de Outubro foram regidas por uma nova lei imposta ao Governo de Moçambique pela Renamo, o maior Partido da oposição, para conferir maior transparência aos processos eleitorais.
Contudo, Raul Domingos, ex-número dois da Renamo, diz que "estas foram as piores eleições de todos os tempos. Fala-se de cerca de 1.4 milhão de votos nulos; isto é muita coisa e significa que há qualquer coisa que não está bem".
Para aquele líder político, os votos nulos devem ser devidamente analisados, "para se perceber a origem dessa nulidade".
Raúl Domingos defende ainda a revisão da legislação eleitoral, sublinhando que ela deve ser continuamente melhorada, de modo a que sejam corrigidas as situações que ocorrerem durante os processos de votação.
Relativamente aos recursos interpostos pela Renamo e pelo Movimento Democrático de Moçambique(MDM) ao Conselho Constitucional, o presidente do PDD afirmou esperar que este órgão "pondere sobre estes casos e tome a melhor decisão, para permitir que as eleições sejam o reflexo da vontade do povo".
"Considerando 1.4 milhão de votos inválidos, espero que o Conselho Constitucional mande repetir todo o processo, ou pelo menos mande repetir as eleições em alguns círculos", destacou Raúl Domingos.
Refira-se que Raúl Domingos, antes de ser expulso da Renamo, em Julho de 2000, era o número dois deste partido, o maior da oposição em Moçambique.