Homens, mulheres e crianças aglomeram-se todas as quartas-feiras e domingos, junto à estação ferroviária de Moatize, na província moçambicana de Tete, procurando vender tudo o que podem.
É uma forma de contornar a crise e de movimentar a economia de uma região onde algumas das mais importantes companhias carboníferas do mundo se encontram a explorar o carvão mineral.
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Diante de uma localmente famosa estação ferroviária, várias dezenas de pessoas acotovelam-se, são pequenos negociantes.
Gente que vem de várias partes e que, no chão ou em cima de sacos de rafia ou de panos ou ainda de mesinhas improvisadas, vai vendendo um pouco de tudo, desde roupa a géneros ou produtos alimentares.
O negócio, dizem eles, rende mais nos chamados dias da feira, ou seja, quartas-feiras e domingos, em que há mais movimento na Estação de Moatize, por causa dos comboios que chegam da Beira, através da Linha de Sena.
Estratégica para o desenvolvimento de Moçambique, a Linha de Sena, que tem 547 quilómetros de extensão, faz a ligação ferroviária entre Moatize e a Beira, na província de Sofala, também no centro do país.
A feira, dizem os que nela participam, é das poucas oportunidades que existem para vender mais, numa altura em que a província de Tete ainda se ressente dos problemas provocados por uma seca prolongada que fustigou muitos distritos.