Ismael Mussa: "Maputo é hoje a cidade mais esburacada deste país”
Em Moçambique, Ismael Mussa anunciou que vai candidatar-se à presidência do município de Maputo nas eleições de Novembro próximo.
Numa entrevista ao colaborador da VOA, Ramos Miguel, Mussa diz que é o candidato da mudança, capaz acabar com a má governação e devolver a capital moçambicana aos munícipes.
Mussa é a primeira personalidade a anunciar publicamente a sua candidatura ao cargo. Apesar de se assumir como independente, sabe-se que Ismael Mussa conta com o apoio de organizações da sociedade civil e de académicos moçambicanos.
“Pretendo conciliar toda a experiencia que tenho de nove anos de gestão publica neste pais. Como sabe, fui director durante vários anos na maior universidade deste pais, que eh a Universidade Eduardo Mondlane. Sou docente até hoje, e tenho, acima de tudo, uma experiencia acumulada como parlamentar nestes últimos 10 anos. Portanto, eu acho que reúno os requisitos mínimos para iniciar uma actividade digna em prol dos munícipes da cidade de Maputo”, disse Mussa.
Referiu que foi a cidade de Maputo que o elegeu como deputado à Assembleia da República pelo MDM. “Fui cabeça de lista nesta cidade e, portanto, sinto que tenho um compromisso com esta cidade”, realçou, para depois afirmar que Maputo “é hoje a cidade mais esburacada deste país”.
“Não é agradável para ninguém viver numa cidade nestas condições; a recolha de lixo também registou um retrocesso muito grande; a questão do congestionamento (de transito automóvel) não é resolvida, se bem que esta questão tem de ser analisada em várias vertentes. Mas mesmo assim existem duas teses muito interessantes definidas na Universidade do Porto (Portugal) e na Universidade Eduardo Mondlane, sobre como resolver este problema; creio que não é por falta de ideias ou sugestões e nem sequer é por falta de recursos que este problema não se resolve”, criticou Mussa.
Segundo ele, os recursos são, realmente insuficientes, mas se os existentes forem bem aplicados e se houver uma priorização das actividades, muita coisa pode ser feita, “e se você fizer um bom trabalho, mais recursos poderão surgir; o grande problema é que nós sempre alegamos que não temos recursos”.
Para o futuro candidato a edil de Maputo, esta cidade, que é o espelho do pais, deve ter um presidente independente, que esteja acima dos partidos políticos e que possa incluir no seu elenco personalidades de todas as tendências partidárias e personalidades que não têm nada a ver com partidos políticos.
Destacou que “isso seria também uma forma de combate à partidarização do Estado. Eu acho que precisamos, duma forma ou doutra, de contribuir para que o Estado seja totalmente despartidarizado. A minha candidatura visa também tentar conciliar este aspecto, trazendo para o meu elenco pessoas de todas as tendências partidárias”.
Afirmou ser necessário encontrar formas de combater a criminalidade na cidade de Maputo, não apenas através do melhoramento das técnicas de combate, mas também de iniciativas de carácter social.
“Nos temos cada vez mais pessoas sem opção de emprego nesta cidade, e eu penso que o município pode contribuir nisto. A questão do lixo, da limpeza das valas de drenagem, a questão do melhoramento das estradas fora da cidade de cimento, são actividades cuja realização pode envolver trabalhadores sazonais e as próprias comunidades, e assim você estará a distribuir renda e a contribuir para a melhoria das condições de vida dessas pessoas”, considerou Ismael Mussa.
Diz que se for eleito, vai construir habitações sociais, sobretudo para jovens, através da parceria publico privada, entre outras realizações.
Numa entrevista ao colaborador da VOA, Ramos Miguel, Mussa diz que é o candidato da mudança, capaz acabar com a má governação e devolver a capital moçambicana aos munícipes.
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“Pretendo conciliar toda a experiencia que tenho de nove anos de gestão publica neste pais. Como sabe, fui director durante vários anos na maior universidade deste pais, que eh a Universidade Eduardo Mondlane. Sou docente até hoje, e tenho, acima de tudo, uma experiencia acumulada como parlamentar nestes últimos 10 anos. Portanto, eu acho que reúno os requisitos mínimos para iniciar uma actividade digna em prol dos munícipes da cidade de Maputo”, disse Mussa.
Referiu que foi a cidade de Maputo que o elegeu como deputado à Assembleia da República pelo MDM. “Fui cabeça de lista nesta cidade e, portanto, sinto que tenho um compromisso com esta cidade”, realçou, para depois afirmar que Maputo “é hoje a cidade mais esburacada deste país”.
“Não é agradável para ninguém viver numa cidade nestas condições; a recolha de lixo também registou um retrocesso muito grande; a questão do congestionamento (de transito automóvel) não é resolvida, se bem que esta questão tem de ser analisada em várias vertentes. Mas mesmo assim existem duas teses muito interessantes definidas na Universidade do Porto (Portugal) e na Universidade Eduardo Mondlane, sobre como resolver este problema; creio que não é por falta de ideias ou sugestões e nem sequer é por falta de recursos que este problema não se resolve”, criticou Mussa.
Segundo ele, os recursos são, realmente insuficientes, mas se os existentes forem bem aplicados e se houver uma priorização das actividades, muita coisa pode ser feita, “e se você fizer um bom trabalho, mais recursos poderão surgir; o grande problema é que nós sempre alegamos que não temos recursos”.
Para o futuro candidato a edil de Maputo, esta cidade, que é o espelho do pais, deve ter um presidente independente, que esteja acima dos partidos políticos e que possa incluir no seu elenco personalidades de todas as tendências partidárias e personalidades que não têm nada a ver com partidos políticos.
Destacou que “isso seria também uma forma de combate à partidarização do Estado. Eu acho que precisamos, duma forma ou doutra, de contribuir para que o Estado seja totalmente despartidarizado. A minha candidatura visa também tentar conciliar este aspecto, trazendo para o meu elenco pessoas de todas as tendências partidárias”.
Afirmou ser necessário encontrar formas de combater a criminalidade na cidade de Maputo, não apenas através do melhoramento das técnicas de combate, mas também de iniciativas de carácter social.
“Nos temos cada vez mais pessoas sem opção de emprego nesta cidade, e eu penso que o município pode contribuir nisto. A questão do lixo, da limpeza das valas de drenagem, a questão do melhoramento das estradas fora da cidade de cimento, são actividades cuja realização pode envolver trabalhadores sazonais e as próprias comunidades, e assim você estará a distribuir renda e a contribuir para a melhoria das condições de vida dessas pessoas”, considerou Ismael Mussa.
Diz que se for eleito, vai construir habitações sociais, sobretudo para jovens, através da parceria publico privada, entre outras realizações.