O número de jovens que morrem nas ruas por consumo excessivo de bebidas alcoólicas tem vindo a aumentar exponencialmente na província moçambicana de Manica.
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Dados da Policia de Manica indicam que, por semana, dois corpos sem vida são encontrados estatelados na rua, geralmente de jovens desempregados, após ingerir de forma excessiva o álcool, que se supõe para desafogar traumas devido à pressão social gerada pelo desemprego.
O caso mais recente foi reportado esta terça-feira, 18, pela Polícia, em que o corpo de um jovem de 36 anos, desempregado, foi encontrado numa rua do bairro 7 de Abril em Chimoio, após consumir bebidas alcoólicas sem ingerir alimentos.
“Temos registado esses casos com muita frequência, sobretudo na cidade de Chimoio, o que preocupa a Polícia pelo aumento de casos. São vidas sendo ceifadas pelo álcool, apesar que em muitos destes casos não há teor criminal, pela ausência de envenenamento”, disse Elsidia Filipe, porta-voz da Polícia de Manica.
Ainda segundo a responsável, na maioria dos casos dos corpos achados nas ruas, não portam identificação, o que tem dificultado encontrar as famílias e apela para um maior cuidado no consumo do álcool.
“Os médicos forenses em todos os casos detectam que as vitimas bebem álcool sem observar certas medidas, como alimentar-se antes ou durante a ingestão do álcool, o que geralmente tem provocado essas mortes”, frisou Elsidia Filipe.
Os baixos preços das bebidas alcoólicas, sobretudo as famigeradas “boinas vermelhas”, com alto teor de álcool, e as de fabrico caseiro têm aliciado muitos jovens ao alcoolismo.
O desespero pela pressão social, com o aumento galopante do custo de vida, é visto igualmente como uma das causas que têm puxado a juventude a se mergulhar no alcoolismo.