Em Maputo, reina uma enorme expectativa em torno do julgamento, no próximo dia 31, de dois jornalistas e de um economista moçambicanos, com apelos para a imparcialidade da parte do tribunal que vai julgar o caso e uma maior solidariedade da sociedade.
Os jornalistas Fernando Mbanze e Fernando Veloso, do Mediafax e Canal de Moçambique, respectivamente, e o economista Carlos Nuno Castel Branco, vão ser julgados por alegados crimes contra a segurança do Estado.
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No auge da tensão política no país, Castel Branco publicou no seu Facebook uma carta criticando o antigo chefe de Estado, Armando Guebuza, e os dois jornalistas reproduziram a referida carta nos seus jornais.
A Irex, um programa americano para o fortalecimento da mídia, diz que o tribunal que vai lidar com este caso deve ter em conta o momento em que os factos ocorreram.
O especialista da Midia para Advocacia da Irex, Arsénio Manhice, considera que "foi um momento de tensão política e de raptos, e o artigo de Castel Branco versava sobre isso".
"Naturalmente que algumas palavras utilizadas no artigo não terão sido das mais adequadas, mas o artigo foi largamente debatido e comentado, e é preciso ter isso em conta no momento do julgamento, para que não se caia numa situação em que se ponha em causa a liberdade de expressão de toda a sociedade", destacou.
Refira-se que o julgamento está marcado para o próximo dia 31, no tribunal judicial do distrito municipal de Kampfumu.