Duas organizações alemãs que defendem o alívio da dívida dos países mais pobres diz que Moçambique é o Estado africano com uma situação mais crítica em termos de excesso de dívida pública, para além de ter dos piores indicadores económicos no continente.
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As organizações não-governamentais alemãs, Misereor e Erlassjar, afirmam em relatório divulgado esta semana que Moçambique era considerado um país africano modelo até à descoberta, há cerca de dois anos, das chamadas dívidas ocultas.
As mesmas constituem uma aliança alemã de 600 organizações da sociedade civil, igreja e políticas, e consideram que as dívidas das empresas ProIndicus, Mam e Ematum contribuiram para que Moçambique perdesse a capacidade de honrar o serviço da dívida, com as consequências daí decorrentes.
Alguns economistas dizem, entretanto, que as dívidas das três empresas apenas agravaram o problema do endividamento de Moçambique, já insustentável, dada a ausência de uma política de poupança interna, para além da fraca produção nacional.
Há duas semanas, em Londres, Inglaterra, o Governo não conseguiu convencer os credores a aceitarem as suas propostas de reestruturação da dívida, e dentro de dias o Executivo voltará a reunir-se com os mesmos credores, desta feita na capital americana, Washington.