Moçambique: Presidente cessante da CNE já não vai recandidatar-se

Imagem nocturna de Maputo

João Leopoldo da Costa, anunciou que desistiu da corrida para a renovação do mandato.
Em Moçambique, o presidente cessante da Comissão Nacional de Eleições, João Leopoldo da Costa, anunciou hoje a sua decisão de desistir da corrida para a renovação do mandato, na sequência da polémica sobre a sua candidatura pela Organização Nacional dos Professores, ONP.

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Moçambique: Debaixo de pressão presidente da CNE não vai repetir mandato

O médico de formação, exerce as funções de Reitor do Instituto Superior de Ciência e Tecnologia, e é presidente da Comissão Nacional de Eleições desde 2008 sob proposta da ONP.

Mas este ano, a organização nacional de professores terá descoberto que foi usada pela Frelimo para apresentar João Leopoldo da Costa em nome das organizações da sociedade civil.

A nova direcção executiva da ONP distanciou-se da recandidatura de Leopoldo da Costa para continuar na Comissão Nacional de Eleições, sob bandeira da sociedade civil.

A presidente da ONP, Beatriz Manjane, disse há uma semana que a organização que dirige não tinha endossado o nome de Leopoldo da Costa, até porque ele não é membro da ONP.

Beatriz Manjane afirmou que o João Leopoldo da Costa devia concorrer em nome da Ordem ou da Associação dos Médicos de Moçambique, a sua classe profissional.
No entanto, os documentos já estavam na comissão parlamentar dos assuntos constitucionais e de legalidade para analise.

Ontem, o presidente da Comissão Parlamentar, Teodoro Waty, disse que foram detectadas algumas irregularidades na candidatura de Leopoldo da Costa.

Hoje, cerca de 24 horas depois do pronunciamento da comissão parlamentar o Leopoldo da Costa decidiu abandonar a corrida. As reacções não se fizeram esperar. Os partidos da oposição extraparlamentar que já tinham ameaçado boicotar as eleições municipais de 20 de Janeiro disseram que a justiça foi feita, sendo que apenas peca por ser um pouco tarde.

Mas a Renamo, principal partido da oposição, continua a insistir que ninguém será permitido participar nas eleições. A Renamo quer paridade numérica com a Frelimo na Comissão Nacional de Eleições. Entretanto, o governo anunciou esta tarde o regresso ao diálogo com a Renamo na próxima segunda-feira.