Economistas consideram que Moçambique entrou numa situação de falência soberana devido ao facto de o Governo não ter conseguido pagar, em Maio deste ano, a dívida dos chamados empréstimos ocultos, avaliados em 1.4 mil milhões de dólares.
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O economista António Francisco diz que para evitar que a situção se deteriore ainda mais, o Governo moçambicano tem de trabalhar no sentido de restabelecer a estabilidade que, de alguma forma, o país tinha, o que não parece que vai acontecer nos próximos tempos.
"Praticamente Moçambique já entrou numa situação de falência soberana", destacou o economista, adiantando que o Governo não pagou uma dívida em Maio passado, e em princípio tem outra dívida a pagar em Janeiro próximo, o que significa que o país não está a conseguir honrar os seus compromissos" com os credores internacionais.
Para o economista Mário Sitoi, Moçambique nunca deve pensar em não honrar os seus compromissos com os credores, porque, "isso seria bastante pernicioso para o país".
Por seu lado, o ministro moçambicano das Finanças, Adriano Maleiane, diz que o Governo está a tratar a questão das dívidas com a seriedade que exige e pretende que resolvê-la o mais depressa possível.
António Francisco critica, no entanto, a estratégia do Governo moçambicano de incentivo à produção, face ao elevado custo de vida.