A Frelimo reúne-se a partir de desta sexta-feira, 25, em sessão extraordinária do seu Comité Central, preocupada com a questão das chamadas dívidas ocultas, o elevado custo de vida para os moçambicanos e o processo de paz, que segundo o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, está a ser lento.
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Esta é uma sessão preparatória do XI Congresso da Frelimo, marcado para Setembro próximo, mas a mesma está a suscitar uma enorme expectativa no seio dos cidadãos, preocupados em saber que dinâmicas é que o partido no poder quer trazer para resolver os problemas que o país enfrenta.
Alguns analistas dizem que um dos problemas tem a ver com as chamadas dívidas ocultas e suas consequências, entre as quais figura a suspensão do apoio ao Orçamento de Estado, por alguns parceiros de cooperação.
"Estas coisas todas que impactam o custo de vida dos moçambicanos, hão-de preocupar, certamente, os membros da Frelimo, pelo que, independentemente do que seja a agenda, estas matérias não podem escapar do debate", destacou o analista político Firmino Swázi.
"Nós queremos ouvir uma informação a mais exaustiva possível sobre esta questão das dívidas escondidas", disse à VOA, um membro do Comité Central da Frelimo.
Outros analistas dizem ser importante olhar para a dimensão histórica do congresso em preparação, o primeiro a ser dirigido por Filipe Nyusi, na sua qualidade de Presidente do Partido.
O analista Fernando Gonçalves afirmou que "o surgimento de uma nova direcção implica sempre algumas mudanças na máquina de administração do partido, pelo que surgirão um novo Comité Central e uma nova Comissão Política, que estejam mais alinhados com aquilo que é a visão do actual presidente do partido".