Moçambique está a braços com uma onda de crimes de sangue, não esclarecidos, sendo o mais recente o assassinato, esta segunda-feira, 11, do procurador Marcelino Vilanculos, que tinha em mãos o processo de raptos, envolvendo Danish Satar, extraditado em Dezembro do ano passado da Itália para Maputo.
À excepção do assassinato do jornalista Carlos Cardoso, os outros crimes violentos mediatizados, sobretudo as mortes do economista Siba Siba Macuacua, do constitucionalista Giles Cistac e do membro do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, ainda não foram esclarecidos.
A sociedade moçambicana diz-se preocupada com estes crimes hediondos não esclarecidos, o que para o jurista Abdul Carimo, que foi vice-presidente da Assembleia da República e director da Unidade Técnica de Reforma Legal, traduz as dificuldades que enfrentam as entidades responsáveis pela sua investigação.
Quanto à morte esta segunda-feira na Matola do procurador Marcelino Vilankulo, a Policia da República de Moçambique diz estar a trabalhar em coordenação com a policia da cidade de Maputo, no sentido de esclarecer este caso.
Vilamkulo era procurador na cidade de Maputo.
Entretanto,o sociólogo Francisco Matsinhe diz não acreditar que este caso seja esclarecido, à semelhança do que aconteceu com outros crimes, cuja investigação não teve desfecho.
Matsinhe é da opinião de que crimes desta natureza não são esclarecidos pelo facto de envolverem "pessoas muito poderosas politica e economicamente".