Em Moçambique, a entrada, a partir de amanhã, do líder da Renamo na campanha eleitoral é vista como um factor que poderá contribuir para uma elevada participação dos cidadãos nas eleições de 15 de Outubro próximo, dado o peso político de Afonso Dhlakama.
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Segundo analistas, a entrada em cena do dirigente da Renamo pode também desencorajar eventuais actos de violência durante o processo eleitoral.
Foi o próprio Afonso Dhlakama quem anunciou o início da campanha a partir desta terça-feira, 16, no que é visto pelo analista político e arquitecto Tomás Rondinho, como um bom gesto.
Para o bispo anglicano, Dom Dinis Sengulane, a entrada de Afonso Dhlakama neste processo é louvável, sobretudo porque estas eleições constituem um marco para Moçambique, dado o contexto em que se realizam.
Na sua opinião, este gesto desencoraja qualquer tipo de manifestação de violência nas próximas eleições, porque, frisou, não vale a pena haver actos de violência.
Por seu turno, o antigo Reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Professor-Doutor Brazão Mazula, diz que a participação do líder da Renamo poderá fazer com que as próximas eleições tenham uma elevada participação, dado que a Renamo tem um eleitorado que se vai sentir muito mais motivado a tomar parte no processo. "Isso é bom para a democracia", considera Mazula.
O estudante de Direito na Universidade Eduardo Mondlane, Hipólito Zandamela, louva também a atitude de Afonso Dhlakama, sublinhando que isto mostra que ele tenciona apaziguar a situação.
Entretanto, sabe-se que a entrada em cena do Presidente da Renamo será marcada por um comício publico na cidade de Chimoio, na província central de Maputo.
Ramos Miguel-VOA-Maputo