A Comissão Nacional das Eleições (CNE) de Moçambique arrancou o processo de contagem dos votos depois de milhões de eleitores terem votado nesta quarta-feira, 9, para escolher o Presidente da República, deputados, governadores provinciais e membros das assembleias municipais.
Os resultados oficiais devem ser anunciados num prazo de 15 dias, mas os partidos concorrenes poderão começar a anunciar os seus resultados parciais já nesta quinta-feira.
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A plataforma de observação eleitoral Sala da Paz informou em comunicado que o encerramento da votação "ocorreu sem incidentes significativos e o processo decorreu de acordo com as regras e regulamentos estabelecidos".
No entanto, aquela organização disse ter contatado, "com alguma preocupação, a aparente falta de condições para início da contagem, devido a insuficiência de luz na sala de votação".
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A nota acrescenta que os 800 observadores visitaram um total de 3.717 mesas em todo o país, tendo reportado "receios sobre as condições de iluminação em 1.239 [33,3%] das mesas de votação, devido à insuficiência de luz elétrica".
Durante o dia, foram registados casos de membros de mesa de voto apanhados em flagrante com boletins de voto a mais, "na tentativa de os introduzir na urna, na hora do encerramento, morosidade das filas de votação e chegada de eleitores interessados em votar a última hora, provocando enchentes e agitação".
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Alguns membros das assembleias de voto em Maputo apresentam falta de conhecimentos técnicos
Os observadores também verificaram a presença de eleitores com "intenção de controlar os votos", em 798 (21,5%) das mesas visitadas.
A missão de observadores da União Europeia e a plataforma de organizações da sociedade civil Mais Integridade afirmaram não ter observado quaisquer problemas importantes.
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Entretanto, Joseph Hanlon, conselheiro da Mais Integridade, citado pela agência Reuters sublinhou que, normalmente, "o dia da votação corre sempre bem, mas a contagem é muito mais complicada".
Estavam inscritos para votar 17.163.686 eleitores escritos, dos quais 333.839 vão votar em sete países africanos e dois europeus.
Nestas sétimas eleições, serão eleitos o Presidente da República, 250 deputados, 794 membros das assembleias municipais e 10 governadores.