No entanto a questão do desarmamento da Renamo poderá dificultar as negociações entre o governo e os antigos rebeldes.
Analistas moçambicanos dizem esperar que o previsto encontro entre o líder da Renamo, Afonso Dhlakama e o presidente moçambicano, Armando Guebuza, resulte num entendimento para pôr fim à tensão política no país, mas receiam que o desarmamento da Renamo, colocado pelo governo como assunto prévio, possa dificultar as negociações.
O académico José Macuane diz esperar que as questões em debate nas negociações entre o governo e a Renamo e que se arrastam há várias semanas possam encontrar uma solução mais efectiva e mais específica num encontro de alto nível entre o chefe de estado e o presidente da Renamo.
“Acima de tudo, penso que a abertura do encontro em si é a consciência de que a solução militar apenas resolve uma parte dos problemas, mas não vai ao cerne da questão que levou a que existisse esta situação”, disse Macuane.
Referiu que nestes termos, espera-se que o encontro desbloqueie os impasses existentes, e que num frente-a-frente de alto nível se encontrem soluções mais estruturais e que possam, de facto, resolver as questões pendentes, que como a Renamo diz, não foram devidamente resolvidas após o Acordo Geral de Paz de 1992.
José Macuane afirmou esperar que “seja um encontro que vai dar um passo em diante do que têm sido as negociações que não estão a dar passos concretos em termos de solução dos problemas levantados pela Renamo”.
Na opinião do académico, a questão prévia apresentada pela delegação governamental relativa ao desarmamento da Renamo poderá dificultar o encontro entre o governo e a Renamo.
Explicou que, “se nos formos a ver as coisas na perspectiva da Renamo, neste momento, o único elemento de pressão que a Renamo tem são as forças militares, e não seria realista esperar que ela ceda em relação a isso, pois, a Renamo não confia nas instituições existentes”.
De acordo ainda com José Macuane, a questão prévia sobre o desarmamento só seria viável e aceitável para a Renamo se ela confiasse nas instituições existentes.
“A ausência de confiança nas instituições vai, sem dúvida, ser um grande entrave para que se possa negociar efectivamente entre as duas partes. Eu duvido muito que a Renamo aceite este elemento para sentar na mesa das negociações, e aceitando, implica que haja elementos mais concretos de troca” disse.
Já para o académico Brazão Mazula, é sempre salutar um encontro entre o chefe de Estado moçambicano e o líder da Renamo, “porque dá um alento à sociedade, e a expectativa de todos nós é que encontrem formas de desanuviar a tensão política no país”.
Ramos Miguel, VOA-Maputo
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“Acima de tudo, penso que a abertura do encontro em si é a consciência de que a solução militar apenas resolve uma parte dos problemas, mas não vai ao cerne da questão que levou a que existisse esta situação”, disse Macuane.
Referiu que nestes termos, espera-se que o encontro desbloqueie os impasses existentes, e que num frente-a-frente de alto nível se encontrem soluções mais estruturais e que possam, de facto, resolver as questões pendentes, que como a Renamo diz, não foram devidamente resolvidas após o Acordo Geral de Paz de 1992.
José Macuane afirmou esperar que “seja um encontro que vai dar um passo em diante do que têm sido as negociações que não estão a dar passos concretos em termos de solução dos problemas levantados pela Renamo”.
Na opinião do académico, a questão prévia apresentada pela delegação governamental relativa ao desarmamento da Renamo poderá dificultar o encontro entre o governo e a Renamo.
Explicou que, “se nos formos a ver as coisas na perspectiva da Renamo, neste momento, o único elemento de pressão que a Renamo tem são as forças militares, e não seria realista esperar que ela ceda em relação a isso, pois, a Renamo não confia nas instituições existentes”.
De acordo ainda com José Macuane, a questão prévia sobre o desarmamento só seria viável e aceitável para a Renamo se ela confiasse nas instituições existentes.
“A ausência de confiança nas instituições vai, sem dúvida, ser um grande entrave para que se possa negociar efectivamente entre as duas partes. Eu duvido muito que a Renamo aceite este elemento para sentar na mesa das negociações, e aceitando, implica que haja elementos mais concretos de troca” disse.
Já para o académico Brazão Mazula, é sempre salutar um encontro entre o chefe de Estado moçambicano e o líder da Renamo, “porque dá um alento à sociedade, e a expectativa de todos nós é que encontrem formas de desanuviar a tensão política no país”.
Ramos Miguel, VOA-Maputo