Sul-africanos são os mais xenófobos em África, revela sondagem

Afrobarometer

Cabo Verde é o país mais tolerante em relação aos homossexuais e Moçambique o terceiro.

Uma sondagem realizada em 33 países africanos, incluindo Cabo Verde, Moçambique e África do Sul, indica que sul-africanos são os menos tolerantes para com os emigrantes.

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Sul-africanos são os mais xenófobos em África, revela sondagem

O estudo de opinião da organização não-governamental africana de pesquisa Afrobarómetro conclui que mais de 60 por cento dos sul-africanos entrevistados disseram que não gostam de emigrantes.

A pesquisa indica que sul-africanos são menos tolerantes para com emigrantes, mas preferem ter vizinhos homossexuais nas suas comunidades.

A crescente intolerância dos sul-africanos em relação aos emigrantes, sobretudo africanos, foi manifestada publicamente em dois ataques que provocaram a morte de mais de 60 pessoas, em 2008 e no ano passado.

Os dirigentes sul-africanos desdramatizaram a manifestação da xenofobia, dizendo que foram actos isolados de criminosos porque os sul-africanos são hospitaleiros e tolerantes.

A pesquisa da Afrobarómetro desfaz equívocos com números: mais de 60 por cento dos sul-africanos não querem emigrantes no seu país.

Moçambicanos que vivem no histórico bairro do Soweto, arredores de Joanesburgo, dizem que estão desapontados com a atitude dos sul-africanos.

Os sul-africanos justificam a sua intolerância para com emigrantes com alegações de que a falta de emprego e a criminalidade que afectam o país são fenómenos importados por estrangeiros.

O mesmo foi realizado com uma amostra de 2400 pessoas e com um nível de confiança de 95 por cento

Baseado em indicadores como educação, proximidade e exposição aos meios de comunicação social a grande maioria dos africanos mostra uma elevada tolerância a pessoas de grupos étnicos diferentes (91%), às pessoas de religiões diferentes (87%), aos imigrantes (81%) e às pessoas portadoras de HIV/SIDA (68%).

Cabo Verde é o país mais tolerante em relação aos homossexuais (com 75 por cento) enquanto Moçambique é terceiro (56 por cento).