Cerca de 540 mil moçambicanos e turistas estrangeiros poderão atravessar a fronteira de Ressano Garcia-Lebombo entre a África do Sul e Moçambique, esta semana para passarem a quadra festiva em Moçambique.
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Segundo os serviços moçambicanos de migração, estes números representam 60 por cento das cerca de 900 mil pessoas que poderão passar pelas fronteiras moçambicanas neste período.
E um número relativamente inferior em relação aos movimentos registados em igual período do ano passado.
África do Sul acolhe a maior comunidade moçambicana na diáspora. Cerca de 30 mil trabalham nas minas e outros 19 mil nas plantações agrícolas sul-africanas. Outros milhares estão em diversas áreas.
Por estas alturas do ano, muitos regressam à casa para passar as festas com as suas famílias e depois retornam à África do Sul.
O seu regresso temporário a casa vai ajudar atenuar a actual crise económico-financeira que fustiga o pais desde o inicio deste ano na sequência da descoberta de divida oculta contraída pelo governo de Armando Guebuza.
A crise mostrou sinais de abrandamento na vertente da estabilização da moeda nacional em relação ao rand sul-africano. Muitos moçambicanos aproveitam para atravessar a fronteira a fim de comprar produtos de consumo na África do Sul, porque os preços ainda são insuportáveis.
Os recentes pronunciamentos do Presidente da cidade de Joanesburgo contra emigrantes, sobretudo africanos, não preocupam os moçambicanos, a terceira maior comunidade de estrangeiros na África do Sul depois de zimbabueanos e de basuthos.
Depois das festas, todos vão regressar aos seus postos de trabalho ou à procura de melhores condições de vida na África do Sul.