Líderes comunitários moçambicanos residentes em Mpumalanga, província do Nordeste da Africa do Sul, querem ter formação específica sobre o tráfico de seres humanos.
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O pedido foi feito num encontro em Nelspruit, organizado pela Procuradoria-Geral da República de Moçambique, Save The Children e Consulado de Moçambique naquela cidade sul-africana.
Desde 2011, as três entidades fazem encontros regulares para persuadir os líderes comunitários moçambicanos naquela região a identificar e denunciar casos suspeitos de tráfico humano.
Estudos indicam que a maior parte de crianças e mulheres traficadas para África do Sul passa pela fronteira de Lebombo, localizada naquela província.
Infelizmente, cinco anos depois do início das reuniões, poucos casos foram denunciados, o que deixa a Procuradoria-Geral da República de Moçambique agastada.
Para Amabélia Chuquela, Procuradora-Geral Adjunta, às vezes, parece haver conivência.
Mas os líderes comunitários moçambicanos em Mpumalanga dizem que não é verdade que não querem colaborar.
Micas Matsuve, por exemplo, falou da falta de incentivos e pediu que lhes seja dada oportunidade para obter formação específica sobre a identificação de suspeitos de tráfico humano.
Matsuve, 29 anos de idade, e natural de Marracuene, Maputo, considera fundamental o envolvimento das mulheres.
As entidades promotoras das reuniões prometeram organizar uma formação específica em breve.