A Sonangol , na voz do seu presidente do Conselho de Administração, Francisco de Lemos Maria, desmentiu esta semana qualquer participação da anunciada construção de uma refinaria no município do Ambriz, província do Bengo, por um consórcio supostamente integrado por angolanos e chineses.
O responsável da Sonangol disse que a empresa tinha sido convidada para a cerimónia de apresentação do projecto, mas tal não implica sua participação no projecto da principal concessionária petrolífera nacional.
Your browser doesn’t support HTML5
Os mentores da iniciativa disseram à imprensa pública que pretendem investir na empreitada mais de 13 mil milhões de dólares. A Sonangol teria uma quota de 40 por cento e os restantes 60 seriam do consórcio promotor, constituído pela GPM Internacional, empresa privada angolana do sector petrolífero, e por um grupo de empresas chinesas.
Desconhece-se os proprietários da companhia privada angolana.
O analista e jornalista Makuta Ankondo diz que o surgimento deste consorcio anónimo sugere, uma vez mais, a entrada no negócio de figuras ligadas ao Presidente da República.
Ankondo acrescenta que tudo acontece porque o Presidente da República não presta contas ao Parlamento.
A refinaria, denominada "Prince de Kinkakala", prevê uma capacidade de refinação de 400 mil barris de derivados de petróleo por dia. Será a terceira refinaria em construção em Angola. As outras serão em Lobito e Soyo.
De acordo com informação do consórcio, a construção da refinaria arranca a 28 de Agosto, dia do aniversário do Presidente José Eduardo dos Santos, e deverá estar concluída no prazo de cinco anos, devendo mobilizar nesta fase 24.000 trabalhadores.
Prevê ainda a construção de uma central eléctrica com capacidade para produção de 200 megawatts, uma cidade universitária e um complexo hospitalar de referência, gerando 12.000 postos de trabalho directos.