O Ministério Público de Moçambique pediu nesta terça-feira, 12, a condenação da antiga embaixadora nos Estados Unidos, Amélia Narciso Matos Sumbana, por considerar que ela violou os deveres de respeito pelo património público, desviando dinheiro do Estado para fins pessoais.
Sumbana, cujo julgamento decorre em Maputo, nas suas primeiras declarações justificou as movimentações com o facto de que os bancos não aceitavam que embaixadas, principalmente africanas, tivessem contas, por isso, por questões de facilitação as contas deviam estar no nome dela.
“Não havia outra forma para realização de despesas", disse a antiga diplomata acrescentando que "o uso de conta pessoal não é uma norma escrita no Estado moçambicano, mas é prática e uma prática aceite”, conta o jornal O País.
A Procuradoria, entretanto, afirmou que um dos elementos de provas que tem em mãos é uma confissão da própria arguida.
Num dos diálogos entre o juiz e a arguida, o juiz perguntou: “Em 2011, segundo os autos, a senhora mandou a adida financeira emitir três cheques a favor de Eugénio Sithole para pagamento de comissão pela intermediação do processo de compra do imóvel. Porque isso era necessário”, questiona o magistrado, tendo Sumbana dito que "foi para o pagamento de todos os processos para a aquisição do imóvel. É um processo que diz respeito ao fundo de depósito, pagamento do gabinete jurídico, que era preciso estar envolvido no processo”.
A audição continua.