Ministro moçambicano pede ajuda do Banco Mundial na mobilização de recursos

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Sede do Banco Mundial em Washington DC, Estados Unidos

Ministro das Finanças e Economia, Maz Tonela, encontrou-se comno o vice-presidente do BM para a África Oriental e Austral, Hafez Ghanem

O ministro da Economia e Finanças de Moçambique pediu um “maior apoio” do Banco Mundial (BM) face à “magnitude” das reformas que o país deve emprender com vista à transformação macroeconómica que o Governo quer empreender.

“Gostaríamos de ter maior apoio do Banco Mundial na mobilização de recursos”, afirmou Max Tonela, num encontro em Washington nesta terça-feira, 19, com o vice-presidente para a África Oriental e Austral, Hafez Ghanem.

O ministro sustentou que Moçambique tem enfrentado vários desafios, que resultam, principalmente, “de choques associados às mudanças climáticas, pandemia da covid-19, acções terroristas no norte do país e agora as incertezas geradas pelo conflito entre Rússia e Ucrânia”, mas tem registado progressos no combate ao “terrorismo”.

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No encontro, Tonela destacou o combate bem sucedido na luta contra a covid-19 e que, por isso, o Governo tem estado a aliviar as restrições, o que vai ajudar na retoma económica, que, ainda segundo o governante moçambicano, será estimulada pelo programa de reformas macroeconómicas e estruturais assinado recentemente entre Maputo e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“O programa tem como objectivo apoiar os esforços do Governo visando a implementação de reformas focadas na aceleração da recuperação económica, aprofundamento da estabilidade macroeconómica, no médio e longo prazos, e reforço de acções destinadas à promoção da governação, transparência e combate à corrupção”, disse Max Tonela, destacando ainda as medidas de políticas viradas à expansão da base fiscal e reforço da gestão de finanças públicas.

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O programa que tem a duração de três anos deve começar a ser implementado em Junho, após a aprovação pelo Conselho de Directores da organização.