O ministro angolano dos Petróleos, José Botelho de Vasconcelos, é, até agora, o único político dos países africanos de língua portuguesa a aparecer na lista das personalidades envolvidas num escândalo mundial de corrupção e lavagem de dinheiro a partir de empresas offshore e denominado de Panama Papers.
No site do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ em inglês) que liderou a investigação, o ministro angolano tem um pequeno perfil, com documentação sobre as suas ligações empresariais.
Uma fuga enorme de documentos expõe companhias offshore fornece detalhes das transações financeiras ocultas de outros 128 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e actuais líderes mundiais.
A investigação foi conduzida ao longo de um ano pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (International Consortium of Investigative Journalists, ICIJ), pelo jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” e por mais de uma centena de outros órgãos de comunicação social.
Ao todo são cerca de 11,5 milhões de documentos provenientes da base de dados da firma de advogados com base no Panamá Mossak Fonseca, responsável pela criação de empresas em território offshore.
A lista inclui o nome de 140 políticos de mais de 50 países de todo o mundo, e ainda 12 líderes mundiais, entre eles os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, da Ucrânia, Petro Poroshenko, reis e primeiros-ministros, como o islandês Sigmundur David Gunnlaugsson David Gunnlaugsson.
A empresa de Leonel Messi e do pai também está na lista.