O Ministério Público do Huambo pediu nesta sexta-feira a condenação de José Julino Kalupeteca e nove seguidores da seita A Luz do Mundo por homicídio qualificado de nove polícias a 16 de Abril de 2015, desobodiência à ordem e posse ilegal de armas.
Nas alegações finais, o procurador Francisco Henriques disse que os seguidores de Kalupeteka prepararam machados, facas, mocas para atacar os "inimigos da seita ou mundanos" e que não tiveram piedade deles.
"Mataram e atacaram, e os feridos ficaram com marcas e traumas para toda a vida", reforçou o representante do Ministério Público.
O advogado de defesa David Mendes, da Associação Mãos Livres, pediu a absolvição de Kalupeteka e seus seguidores, alegando que o Ministério Público não provou qualquer acusação.
"A sociedade tem de saber a verdade e a verdade foi provada aqui dentro", disse David Mendes, que desmontou, segundo ele, as acusações.
"As pessoas que foram prender Kalupeteca estavam mascaradas, esta é a verdade", disse Mendes, reiterando não ter ficado provado que o líder da seita terá desobedecido, resistido às autoridades ou orientado os seus seguidores a criarem postos de vigilância para, posteriormente, agredirem os agentes da Polícia Nacional.
O julgamento continua na segunda-feira com os quesitos finais.
José Julino Kalupeta é acusado de co-autoria material de nove crimes de homicídio qualificado consumado, crimes de homicídio qualificado frustrado e ainda de crimes de desobediência, resistência e posse ilegal de arma de fogo.