Um rio com as águas quase todas pintadas de ouro. É o que parece, é como está o Revue, o rio de onde a companhia que fornece a água potável vai buscar o precioso líquido que abastece a capital provincial e os principais municípios da Província de Manica.
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Mas não é apenas o Revue; muitos outros rios existentes em Manica estão completamente poluídos. E tudo por causa da actividade mineira; o garimpo ilegal, a extracção desregrada de ouro, principalmente no distrito que dá o nome àquela província do centro de Moçambique: Manica.
Um garimpo feito por moçambicanos, mas também por cidadãos estrangeiros de várias nacionalidades, com destaque para os zimbabweanos.
Além dos ilegais, há sete grandes empresas mineradoras devidamente licenciadas, que estão a explorar o ouro e que são igualmente apontadas como sendo responsáveis pela degradação ambiental.
Para travar a poluição das águas dos rios, várias medidas já foram tomadas pelas autoridades, incluindo a intensificação da fiscalização.
Cândida Lucas, Directora Provincial da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural de Manica, já avisou: quem não cumprir com as recomendações, vai ser sancionado, podendo, as empresas prevaricadoras, perder a licença de exploração mineira.
Ela fez questão de lembrar que, se o problema da poluição não for resolvido, toda a província poderá ficar sem água potável num futuro não muito distante.
A VOA ficou ainda a saber que, a partir deste ano, em princípio, todas as empresas mineradoras vão ter que possuir um viveiro de plantas e fazer o reflorestamento nas áreas em que estiverem a explorar.