Dez mineiros moçambicanos foram atacados por trabalhadores em greve na mina de ouro Sibanye Gold, na África do Sul.
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Eles foram acusados de serem fura-greves por colegas que mantêm uma paralização por melhores condições de trabalho.
O delegado do Ministério moçambicano do Trabalho, Emprego e Segurança Social na África do Sul, João Almeida, revelou à VOA que dos 10 agredidos quatro ficaram gravemente feridos e estão internados no Milpak Hospital, em Joanesburgo.
João Almeida indicou que cerca de 340 mineiros moçambicanos trabalham na companhia Sibanye contratados em Moçambique enquanto outros 29 foram recrutados localmente.
Aquele responsável explicou ainda que os grevistas protestavam contra a decisão da companhia de proibir que os mineiros levassem alimentos para o interior da mina, suspeitando que os alimentos podem ser usados para abastecer garimpeiros ilegais.
Os mineiros moçambicanos foram acusados de traição ou "fura-greve" por colegas que protestavam contra a decisão da companhia, numa greve considerada ilegal.
As minas de ouro têm sofrido constantes roubos por antigos trabalhadores que se dedicam à mineração ilegal.
Desde o início deste ano pelo menos 60 mineiros moçambicanos foram expulsos na região de Free State por envolvimento no roubo de ouro e de cabos electricos.
Alguns mineiros expulsos não regressam a Moçambique e passaram a dedicar-se à mineração ilegal.
No mês passado, foram recuperados cerca de 15 corpos de garimpeiros, que morreram no interior de uma mina abandonada em Free State, cerca de 300 quilómetros de Joanesburgo.