Militares israelitas admitem ter morto por engano três reféns israelitas em Gaza

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Pessoas protestam após o anúncio do exército israelita de que os soldados tinham morto por engano três reféns israelitas detidos em Gaza pelo grupo islamita palestiniano Hamas, em Telavive, Israel, 15 de dezembro de 2023.

As tropas israelitas identificaram erradamente os reféns como uma ameaça e dispararam sobre eles na sexta-feira.

Os ferozes combates continuam no sábado em Gaza entre as forças israelitas e o Hamas, apesar dos apelos das autoridades norte-americanas para que Israel utilizasse alvos mais precisos contra os líderes do Hamas em Gaza, em vez de bombardeamentos generalizados e operações terrestres.

Moradores do norte de Gaza relataram bombardeios pesados e sons de tiroteios durante a noite e no sábado na devastada Cidade de Gaza e no campo de refugiados urbanos de Jabaliya, nas proximidades.

Também foram registados ataques aéreos e bombardeamentos de tanques durante a noite nas cidades de Khan Younis e Rafah. Os meios de comunicação palestinianos afirmaram no sábado que dezenas de palestinianos foram mortos nos ataques aéreos.

O exército israelita confirmou no sábado ter invadido duas escolas na cidade de Gaza, afirmando que eram esconderijos do Hamas.

Na sexta-feira, as forças armadas disseram que as suas tropas tinham destruído um centro de comando e controlo do Hamas no distrito de Sheijaia, em Gaza, e efectuado um "ataque direcionado" às infra-estruturas dos militantes em Khan Younis

Os combates ocorrem no momento em que Israel lamenta a morte de três reféns israelitas, mortos por engano pelas tropas israelitas durante a sua operação terrestre na Faixa de Gaza.

Segundo as forças armadas israelitas, os três homens estavam sem camisa e um deles transportava uma bandeira branca, o sinal universal de rendição, quando foram abatidos.

Centenas de manifestantes saíram para as ruas de Telavive para protestar contra as mortes.

O porta-voz do exército, o contra-almirante Daniel Hagari, disse que as tropas israelitas identificaram erradamente os reféns como uma ameaça e dispararam sobre eles na sexta-feira.