Mike Pompeo justifica morte de líder militar iraniano com ataques iminentes contra americanos

Secretário de Estado reitera opção preventiva

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que a operação contra a principal figura da inteligência militar Iraniana, Qassem Soleimani, morto na quinta-fiera, 2, no Iraque, pretendeu interromper um “ataque iminente” que colocaria em risco americanos no Médio Oriente.

Horas depois do ataque, democratas, na oposição, disseram que o Presidente não comunicou o Congresso a sua decisão e aumentou os riscos de mais violência numa região perigosa.

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Em entrevistas às cadeias televisivas Fox News e CNN, nesta sexta-feira, 3, Pompeo recusou-se a dar detalhes da suposta ameaça, mas disse que “uma avaliação baseada em informações de inteligência” levou à decisão de atacar Soleimani.

"O risco de não fazer nada era enorme. A comunidade de inteligência fez essa avaliação e o Presidente Trump agiu decisivamente na noite passada", sublinhou Pompeo, que não deu mais detalhes da operação por "motivos de segurança".

"Assistimos ao fluxo de informações sobre as viagens de Soleimani na região e o trabalho que ele estava a fazer para colocar os americanos em risco", continuou o secretário de Estado que reiterou a posição americana:.
"Estava na hora de tomar essa acção para que pudéssemos interromper essa conspiração, impedir mais agressões de Qasem Soleimani e do regime iraniano, além de tentar diminuir a situação".

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No twitter, o Presidente Trump afirmou que Soleimani “matou ou feriu gravemente milhares de americanos durante um longo período de tempo, e estava planeando matar muitos mais”, sem dar detalhes.

O ataque também matou o comandante de uma milícia do Iraque, Abu Mahdi al-Muhandis, que era conselheiro de Soleimani.

A operação ocorreu no meio do aumento da tensão entre os Estados Unidos e o Irão, que se agravou na semana passada com um ataque à embaixada americana no Iraque por milícias pró-Irão após um ataque aéreo americano à milícia Kataib Hezbollah, fundada por Muhandis.

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O Pentágono disse que as Forças Armadas “tomaram uma acção defensiva decisiva para proteger o pessoal dos Estados Unidos no exterior ao matarem Qassem Soleimani”, e que o ataque foi ordenado por Trump para interromper planos de futuros ataque iranianos.

O Irão já reagiu com líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, e o Presidente do país, Hassan Rouhani, a prometereem vingar a morte de Qassem Soleimani.

Ns ruas de Teerão, milhares de pessoas pediram vingança contra os Estados Unidos, enquanto a embaixada americana em Bagdade disse aos seus cidadãos que deixem o Iraque o mais rapidamente possível.

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Embaixada americana atacada em Bagdade no Iraque