As autoridades cabo-verdianas continuam a prestar assistência humanitária a 66 cidadãos de países da África Ocidental, resgatados nas costas da ilha do Sal, na segunda-feira, 16, depois da piroga em que seguiam ter danificado.
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Um dos resgatados morreu no hospital local, onde ainda estão outros quatro, enquanto os restantes 61 encontram-se alojados num estádio de futebol na vila de Santa Maria.
Embora não haja informação oficial, tudo aponta que os migrantes pretendiam dirigir-se à Europa.
O comandante da Esquadra da Polícia Nacional no Sal disse à VOA que os Serviços de Fronteira tentam agora confirmar a identidade dos migrantes para depois traçar os procedimentos necessários para o repatriamento aos países de origem.
No entanto, Orlando Évora deixou entender que a maioria das pessoas que viajavam na piroga pode ser do Senegal.
O embaixador Fernando Wanhon lamenta os desequilíbrios que existem em alguns países nomeadamente em África, situação que leva muitas pessoas a viajarem em condições adversas na tentativa da emigração ilegal para a Europa, em busca de oportunidades e uma vida melhor.
Embora o fenómeno da emigração clandestina não seja novo, Wahnon aponta a forma adversa como muitas pessoas desesperadas por falta de oportunidades nos respectivos países viajam para tentar procurar uma vida melhor na Europa.
"Nós temos é que combater e por as nossas energias e forças contra quem se aproveita deste tráfico para gentes que correm sérios riscos de vida", afirma aquele antigo representante de Cabo Verde junto das Nações Unidas.
Apesar de reconhecer a complexidade do problema que não se resolve de um dia para outro, aquele diplomata defende o engajamento da comunidade internacional e de cada um dos países na perspectiva de adotar novo modelo de "desenvolvimento, crescimento económico, melhor distribuição de rendimentos e nova filosofia da democracia, onde todos se sintam incluídos".
Esta não é a primeira vez que embarcações precárias abarrotadas de migrantes encalham ou avariam em águas cabo-verdianas.
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