Um terceiro caso de infecção pelo vírus do zika foi descoberto na província angolana do Bengo a cerca de 50 quilómetros da capital, Luanda.
Este caso, no entanto, é o primeiro em que um bebé nasce com microcefalia.
O bebé nado morto nasceu no município do Dande e mãe, de 29 anos, cujo nome não foi revelado, deu à luz numa maternidade local por cesariana no passado mês de Janeiro.
As autoridades sanitárias levam a cabo uma operação de recolha de amostras em homens e mulheres para testes de eventuais novos casos.
Fonte locais revelam que enquanto se aguardam pelos resultados das amostras enviadas ao Laboratório de Saúde Pública em Luanda, a operação de recolha irá continuar em toda a extensão da província do Bengo.
Em declarações a uma rádio local, o director provincial do Bengo, José das Necessidades,pediu às mães para que não faltem as consultas pré-natais.
O primeiro caso de zika foi diagnosticado num cidadão francês em trânsito pelas províncias angolanas de Luanda e Benguela e mais tarde a uma cidadã angolana residente na capital do país.
A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti, o mesmo que transmite o paludismo, o chikungunya e a febre amarela.
O responsável da organização não governamental SOS Habitat, Rafael Morais, volta a chamar a atenção para o facto da falta de saneamento básico, a persistência de charcos de água e a deficiência na recolha de lixo dificultarem as campanhas de prevenção contra a doença no país.
O Ministério da Saúde adiou uma conferência de imprensa prevista para hoje na qual iria falar da situação no país.