O Movimento Independentista de Cabinda (MIC), convocou para esta sexta-feira, 1, uma manifestação para assinalar o aniversário da assinatura do Tratado de Simulambuco, considerado pelos autóctones como o dia de identidade do povo na região.
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O secretário-geral do MIC, Carlos Vemba, garante que a marcha é legal e, apesar da onda de detenções sobre os membros daquele movimento independentistas, assegura que a população vai sair às ruas para manifestar as suas aspirações independentistas.
“A nossa marcha não é ilegal, o MIC está preparado e o povo de Cabinda em si também já disse basta. Amanhã estaremos nas ruas, não importa o que poderá vir, não tememos nada até porque o povo cabindês é prisioneiro de consciência, naturalmente, nós somos presos. Amanhã estaremos vier o que vier, vamos assumir porque o povo e o MIC estão preparados para pagar qualquer preço desde que não ultrapassa a dignidade humana. Iremos a rua sem temor nenhum”, sublinha Vemba.
A marcha, segundo os organizados, visa mostrar o descontentamento do povo contra o que considera de "colonização angolana" e a favor da autodeterminação e independência de Cabinda.
“Nós entendemos que temos o direito e as condições para sermos os donos do nosso próprio destino”, assegura o secretário-geral do MIC.
Entretanto, as autoridades governamentais da província disseram que a actividade é ilegal e por essa razão deteve cerca de três dezenas de activistas da organização.
O Ministério Público terminou na tarde desta quinta-feira, 31, o interrogatório de todos os activistas detidos e só amanhã é que se saberá se vão ou não para um julgamento sumário.
“Estão em celas lotadas onde há mosquitos e insectos e há muita probabilidade de apanharem infecções”, denuncia Carlos Vemba que considera as prisões de ilegais.