Um policia da cidade de Columbus, em Ohio, nos Estados Unidos, matou a tiros nesta quinta-feira, 15, um adolescente negro de 13 anos que portava uma pistola de ar comprimido.
É mais um caso que envolve a polícia e a população afro-americana.
A polícia revelou ter recebido uma denúncia de assalto à mão armada e, ao chegar ao local, identificou três suspeitos, mas ao tentar abordá-los, dois deles fugiram, provocando uma perseguição.
Ainda de acordo com as autoridades policiais, os oficiais foram surpreendidos pelo adolescente Tyreen King com a arma de ar comprimido e um deles atirou repetidamente contra ele.
A chefe da polícia Kim Jacobs mostrou à imprensa uma foto do que chamou de "réplica" da arma que King carregava.
"Os nossos policias usam uma pistola que é praticamente idêntica a essa. Como vocês podem ver, parece uma arma de fogo que pode matar", disse na conferência de imprensa.
O adolescente foi levado a um hospital infantil, mas não resistiu.
Bryan Mason, o autor dos disparos, é oficial da polícia de Ohio há nove anos e foi imediatamente colocado em licença administrativa enquanto o assassinato é investigado.
O advogado da família King, Sean Walton, exigiu uma investigação justa e independente sobre a morte do menino e, embora tenha recusado a prestar qualquer posição sobre o acontecido, lembrou que o adolescente não tinha qualquer registo criminal.
Quem reagiu à notícia foi o presidente da Câmara Municipal de Columbus, Andrew Ginther, que afirmou estar transtornado com a morte e questionou o facto de um adolescente possuir uma réplica de arma de fogo.
"Há algo errado nesse país. Um garoto de 13 anos está morto por causa da nossa obsessão por armas e violência", disse o político democrata.
Por envolver um policial branco e umjovem, o caso levantou comparações com a morte do menino Tamir Rice, de 12 anos, assassinado a tiros pela polícia ao portar uma arma de brinquedo em Cleveland, em novembro de 2014.
As reacções devem acontecer hoje e uma vez mais a violência policial, o racismo e o porte de armas voltarão ao debate.