A Avenida da Pensilvânia, na capital americana, Washington DC, albergou cerca de meio milhão de pessoas exigindo melhor legislação ao controlo de armas e o fim da violência armada nas escolas do país.
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A “Marcha Pelas Nossas Vidas” foi dominada por estudantes que gritavam por políticas que ponham fim à violência armada que tem vitimado estudantes e funcionários de escolas há décadas nos Estados Unidos.
A professora Marie, directora de uma escola em Massachussets, disse que se juntou ao movimento para dar esperança aos seus alunos, garantir que eles vivam num ambiente de segurança e que não tenha nada a ver com armas.
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A marcha foi organizada por estudantes da Escola Secundária Marjory Stoneman Douglas, Parkland, na Florida, onde 17 pessoas foram mortas, a 14 de Fevereiro, por um individuo armado.
Os organizadores exigem que as vidas de crianças sejam a prioridade no país. Exigem igualmente o fim de assassinatos em massa nas escolas americanas.
Início da maratona
Mais de 800 outras marchas similares estavam agendadas em 50 estados americanos e noutras partes do mundo.
"Hoje é apenas o arranque. Parkland e o resto do mundo estão na corrida. Agora iniciamos a nossa maratona, que irá terminar na altura em que tivermos mudanças nas políticas de armas,” disse Sari Kaufman, sobrevivente do ataque da Florida.
Edna Chavez, estudante de 17 anos, percorreu 4,300 quilómetros de Los Angeles até Washington DC, para “influenciar políticas e fazer ouvir as nossas vozes”.
"Passei toda a vida no Sul de Los Angeles e perdi muitas pessoas queridas por causa da violência armada”, diz Chavez. “Isso é tão normal que aprendi a esquivar de balas antes de saber ler”.
Manter as nossas crianças seguras está no topo das prioridades do Presidente
Defensores do porte de armas estavam entre os que marcharam.
Um homem que se apresentou como “Joe”, do Estado de Nova Iorque, disse que “esta marcha é apenas a reacção emocional de algo muito trágico”.
Para ele, as propostas de controlo de armas, como o banimento de armas semiautomáticas, como a usada em Parkland,“não irão reduzir a violência armada, apenas irão eliminar os direitos de cidadãos que respeitam a lei".
Enquanto decorria a marcha, o presidente Donald Trump estava na sua casa de Mar-a-Lago, em Florida, a passar o fim-de-semana.
A porta-voz da Casa Branca, Lindsay Walters, disse em comunicado que “aplaudimos os tantos jovens corajosos americanos que hoje fazem uso da Primeira Emenda constitucional. Manter as nossas crianças seguras está no topo das prioridades do Presidente”.
Os americanos têm sido relutantes a abandonar o porte de armas e poucas alterações foram feitas à legislação em resposta aos assassinatos em massa.
Contudo, uma nova sondagem da Associated Press-NORC indica que tal sentimento pode estar a mudar.
Sessenta e nove por cento de americanos inqueridos julgam que a legislação de armas deverá ter mais restrições. Em 2016 e 2015, 61% e 55%, respectivamente pensavam assim. Indo aos detalhes, 90% de democratas, 50% de republicanos e 54% de portadores de armas são a favor de leis mais duras de controlo de armas.
Sucesso na angariação de fundos
Mas cerca de metade de americanos inqueridos não têm esperança que os politicos tomem alguma acção para alterar tais leis.
A “Marcha Para as Nossas Vidas” diz na sua página da internet que quase atingiu a sua meta de angariação de fundos, na ordem de 3.8 milhões de dólares.
O actor George Clooney e esposa Amal Clooney,ofereceu 500 mil dólares, valor que foi também dado pela actriz e apresentadora Oprah Winfrey, pelo realizador de cinema Steven Spielberg e pelo produtor Jeffrey Katzenberg. A modelo Chrissy Teigen e o maridoJohn Legend, músico, prometeram 25 mil dólares.