Assinala-se hoje o 9º Dia Africano da Medicina Tradicional. O tema deste ano é a protecção das plantas medicinais. Mas para a URAMET - União dos Praticantes da medicina tradicional em Moçambique há outras prioridades.
O presidente da URAMET, António Catandica, disse à VOA querer promover a formação e controle para aumentar a credibilidade de uma actividade que serve 70% dos moçambicanos.
Também Angola assinalou a data. Dezenas de associados reuniram-se no museu de História Natural, em Luanda, para analisar os meios e as condições em que este tradicional serviço é prestado.No momento em que OMS manifesta preocupação com o crescendo das espécies em vias de extinção, por culpa da degradação ambiental, sobretudo causada pelas queimadas nos países do continente.
A organização mundial, Incentiva por esta razão a produção de legislação para assegurar que se protejam as mesmas. “...lanço um apelo aos governos da região Africana para que formulem e implementem políticas e planos de conservação de plantas medicinais” , lê-se na mensagem da OMS hoje divulgada.
Mas, um dos problemas com o qual se depara a medicina tradicional tem haver com falta de dados estatísticos. Não obedece à formulação teórica como é a medicina convencional. E nem as suas realizações são publicitadas, o que a torna bastante vulnerável.
Preocupação recente é a exportação ilegal de plantas sobretudo quando nalguns casos ainda não existe legislação que o proíba, segundo Pio Marcos.
Apesar das fraquezas, a sociedade reconhece a utilidade da medicina.
É em plena baixa de Luanda, onde se localizam algumas das ervanárias aqui frequentadas por gentes dos mais variados extractos sociais.
Com surpresa, a medicina tradicional, apesar da sua antiguidade diz o Eng. Manuel Lopes Francisco que é no plano dos conceitos que está quase tudo por definir-se
No plano institucional a medicina tradicional tem protecção do Estado angolano. O CONMENTA- Conselho Nacional de Medicina Natural, organização que congrega as várias associações no país é parceira do Executivo. Tem entre uma das tarefas a si atribuídas, dar pareceres sobre determinados assuntos.
Um Instituto de Medicina está para ser criado.
Neste momento, e por contraditório que pareça, Luanda já alberga aulas de Medicina. Ricardo Wambembe um dos responsáveis da iniciativa diz não haver nada de extraordinário no facto!