Medicina tradicional angolana "é essencial" para o bem-estar da mulher

Angola Terapias Tradicionais

Rosa Mayunga descobriu que a medicina tradicional angolana acompanha as mulheres para onde quer que elas vão e que “é um complemento importante para a saúde materno-infantil”.
O Primeiro Encontro de Mulheres Angolanas na Diáspora Portuguesa, aconteceu este mês em Lisboa, na câmara municipal de Odivelas, onde foi apresentada a investigação de Rosa Mayunga: “Uma reflexão sobre a sua Saúde Materna – infantil, através de Terapias da Medicina Tradicional de Angola. Em entrevista à Voz da América, a investigadora explicou qual o contributo do seu estudo:

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Terapêutica Tradicional Angolana com Rosa Mayunga - 3:28


Apresentado no dia 15 de Fevereiro, na Câmara Municipal de Odivelas, o estudo tem como objectivo aconselhar as mulheres a seguir a terapêutica tradicional angolana durante a gestação, de forma a evitar a mortalidade infantil e proporcionar bem-estar à mulher durante a gravidez e posteriormente na recuperação.

“O ritual chama-se mwalakaji ou kiwadi e assenta em banhos e suadores com ervas tipicamente angolanas, embora se encontrem também noutros países, como Portugal”, explicou Rosa Mayunga. O eucalipto, o chá príncipe, a folha de rícino, são algumas dessas plantas.

Segundo Rosa, o tratamento “que até em Portugal está a ganhar expressão mesmo entre portuguesas, tem sido negligenciado em Angola, onde a taxa de mortalidade infantil é muito elavada”.

Neste projecto, a investigadora envolveu mulheres angolanas e portuguesas que praticam o mwalakaji, entidades da medicina convencional em Portugal e também entrou em contacto com entidades angolanas, para poder partilhar com Angola, o resultado que acredita estar na base de uma solução para melhorar a saúde materno-infantil.

“Este é um acto essencial para a saúde. Gostaria de ter feito o trabalho de campo em Angola, mas não foi possível. Mas ainda vamos a tempo de recorrer a estes resultados para trabalharmos pela nossa saúde em Angola”, concluiu.