Mediação de Angola no conflito na República Democrática do Congo nas mãos de “peritos”

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João Lourenço, Presidente angolano, com delegações da República Democrática do Congo e do Ruanda, Luanda, 30 julho 2024

Previstas reuniões em Luanda na próxima semana e mo inicío de Setembro

Os esforços de mediação de Angola no conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC) prosseguem na próxima semana em Luanda com uma reunião de “peritos” deste país e do Ruanda, mas desconhecem-se os pormenores do que está em causa.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Angola, Teté António, da RDC, Thérese Kayikwamba, e do Ruanda, Olivier Jean Patrick Nduhungirehe, terminaram nesta quita-feira, 22, uma reunião de dois dias em Luanda.

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De acordo com um comunicado da reunião, o encontro decorreu “num ambiente sereno e fraterno” em que os dois países renovaram o seu compromisso de trabalhar em conjunto com Angola para se encontrar uma solução duradoura para o conflito.

Este foi o terceiro encontro ministerial entre as partes.

Peritos não especificados vão agora reunir-se em Luanda nos dias 29 e 30 para abordarem “aspetos específicos do acordo” proposto pelo Presidente João Lourenço.

Não foram dados outros pormenores.

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Após esse encontro, haverá uma nova reunião dos ministros em Luanda nos dias 9 e 10 Setembro.

Em discussão está um “roteiro” para se alcançar a paz no leste da RDC onde rebeldes do M23, apoiados pelo Ruanda, têm estado envolvidos numa ofensiva militar que provocou o deslocamento de dezenas de milhares de pessoas.

Os rebeldes não foram convidados nem se fazem representar.

No passado dia 12, a Presidência angolana anunciou que João Lourenço tinha apresentado aos dirigentes dos dois países uma proposta concreta de "acordo de paz duradoura" visando pôr fim ao conflito no leste congolês.

O anúncio foi feito horas depois de João Lourenço ter-se encontrado com o Presidente da RDC Félix Tshisekedi, em Kinshasa, e um dia depois de se ter reunido com Paul Kagame, do Ruanda, em Kigali.

O comunicado não fez qualquer referência aos rebeldes do M23 que alegadamente são controlados pelo Ruanda.

Para além disso, contudo, a região é também afetada por conflitos envolvendo milícias étnicas que regularmente atacam aldeias agravando ainda mais a situação.