Mbanza Congo, Património da Humanidade, "orgulha angolanos e todos os africanos", diz Jaka Jamba

Mbanza Congo

Historiador e antigo representante de Angola junto da UNESCO recomenda a preservação do acervo e da herança histórico-cultural

A candidatura de Mbanza Congo obteve votação unânime dos membros do Comité do Património Mundial da UNESCO e foi recebido com satisfação pelo historiador Jaka Jamba, que representou Angola junto daquela agência da ONU até 2009.

Your browser doesn’t support HTML5

Mbanza Kongo vai beneficiar de ser património da humanidade - 3:05

Jamba considera que a eleição de Mbanza Congo “orgulha a todos os angolanos e africanos da região, em geral”.

O historiador afirma que não se pode ignorar o papel da região Congo no reencontro com outras civilizações e recomenda a preservação do seu acervo e herança histórico-cultural.

Para Jaka Jamba, esta “é uma grande oportunidade para o país promover o turismo na província”.

Herança

Desde a fundação do reino do Kongo no século XIII, a cidade de Mbanza Kongo foi a sua capital, o centro político, económico, social e cultural, sede do rei e a sua corte, e como tal o centro das decisões.

Mbanza Kongo foi, no século XVII, a maior vila da Costa Ocidental da África Central, com uma densidade populacional de 40 mil habitantes (nativas) e quatro mil europeus.

Com o seu declínio, a cidade que se encontrava no centro do reino em plena “idade de ouro” transformou-se numa vila mística e espiritual do grupo etnolinguístico kikongo e albergou as Repúblicas de Angola, Democrática do Congo, Congo Brazzaville e Gabão.

O director do Comité do Património Mundial da UNESCO, Edmond Moukala, também foi citado como tendo recomendado a implementação de um programa de relançamento das indústrias culturais, de forma a gerar emprego e desenvolvimento sustentável na cidade do Mbanza Kongo.