Em Moçambique, apesar de os órgãos eleitorais terem anunciado a vitória da Frelimo no município da Matola, na votação autárquica do passado dia 10, a disputa entre este partido e a Renamo continua.
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E tudo tem a ver com a carga política, económica e simbólica que há por detrás daquela autarquia, paredes-meias com a capital moçambicana.
Independentemente da posição económica ou estratégica que Matola tenha, cada uma das partes está convencida de que ganhou naquele município, sendo por isso que há essa disputa, cujo desfecho ainda é imprevisível.
A Renamo diz que vai romper o diálogo político com o Governo se o assunto não for resolvido, e a Frelimo afirma que não há nada a negociar com a Renamo.
Para o analista Tomás Vieira Mário, a expectativa dos moçambicanos é que a Frelimo e a Renamo esperem que os órgãos eleitorais se pronunciem para ver onde é que está a razão.
Segundo aquele analista, há várias razões para esta disputa entre a Frelimo e a Renamo sobre o município da Matola, uma das quais é o facto dela ser a maior capital industrial de Moçambique.
Refira-se que a Renamo já ganhou municípios do centro e norte, sobretudo grande parte da costa de Nampula, mas nunca desceu a sul do rio Save, em termos de autarquias.