Pelo menos 114 civis foram mortos em Solhan, no norte de Burkina Faso, entre a noite de ontem e as primeiras horas deste sábado, 6, naquele que já é considerado o ataque mais sangrento no país desde o início da violência de grupos radicais islâmicos em 2015
"O saldo, ainda provisório, é de 114 pessoas mortas, homens e mulheres de todas as idades", disse à AFP uma fonte da segurança, mas o número pode ser superior.
O Governo confirmou ataque e o número de vítimas.
Numa comunicação ao país, o Presidente Roch Marc Christian Kabore responsabilizou os jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico e pediu a união dos cidadãos.
"Devemos permanecer unidos e sólidos contra essas forças obscurantistas", disse Kabore, quem classificou o ataque de "bárbaro" e "desprezível".
Uma fonte local disse que primeiro o ataque teve como alvo um posto dos Voluntários pela Defesa da Pátria (VDP), de apoio civil ao Exército, e "depois os agressores foram às casas dos moradores, que foram executados".
"Além do pesado tributo humano, o pior que registramos até hoje, as casas e o mercado (de Solhan) foram incendiados", declarou outra fonte da segurança.
Um responsável do serviço de segurança, que preferiu o anonimato, informou que "homens foram destacados para realizar operações de busca e proteger as populações que irão realizar a recuperação dos corpos e sepultamento das vítimas".
O Governo já decretou luto nacional de três dias a partir da próxima segunda-feira.