O líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, denunciou nesta terça-feira, 26, vários ataques às bases do grupo nas províncias moçambicanas de Manica e Sofala ,mas assegurou estar “preparado” para se defender das ofensivas militares das Forças de Defesa e Segurança (FSD) de Moçambique.
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“Eu não estava (na base), mas os meus homens foram bombardeados”, precisou Mariano Nhongo, referindo-se a uma das incursões das FDS.
Outro guerrilheiro avançou à VOA que uma das suas bases na Gorongosa, não distante do rio Púnguè foi igualmente alvo de ataque.
“Houve ataque, mas ninguém (integrante da autoproclamada Junta Militar) sofreu” precisou.
Veja Também Exército cerca líder da autoproclamada Junta Militar da RenamoA região tem sido palco do maior número de ataques a autocarros civis, tendo um carro patrulha da Polícia sido incendiado.
Mariano Nhongo, que lidera um grupo de guerrilheiros, dissidentes da ala militar da Renamo, oposição, disse ter deixado a principal base do grupo na Gorongosa mas que continua atento à sua perseguição.
“Eu vivo assim, como militar defendo-me” e “quem me segue, quando se aproxima disparo”, afiançou o antigo estratega militar do histórico líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Veja Também "Mercenários" russos deixam Cabo Delgado e vão para Nacala“A arma ameaça”, retorquiu Mariano Nhongo, quando questionado se sente-se ameaçado com a ordem do Presidente para que as FDS persigam grupos armados que atacam civis e militares na região centro do país desde o mês de Agosto.
Desde então foram noticiados pelo menos 12 mortos e vários feridos, incluindo agentes das Forças de Defesa e Segurança.
Nesta terça-feira, 26, duas pessoas ficaram feridas durante um novo ataque a um camião de carga na zona de Muda serração, no distrito de Gondola, Manica.
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