O activista José Marcos Mavungo e o advogado Arão Tempo, presos a 14 de Março no dia em que estava prevista uma marcha de protesto contra as violações dos direitos humanos e a gestão da governadora de Cabinda, continuam em prisão preventiva. O prazo inicial de 45 dias expirou ontem, 28, mas os advogados de Mavungo e Tempo não foram ainda notificados.
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Em conversa com a VOA, Francisco Luemba, membro da equipa de advogados que defende Mavungo e Tempo, disse não ter havido qualquer investigação nesse período, o que quer dizer que a policia de investigação criminal não fez o seu trabalho de investigação.
"Durante todo esse tempo não se fez qualquer deligência com os arguidos, ou seja não se avançou na investigação processual e os arguidos continuam detidos", revela Luemba.
Sem qualquer notificação das autoridades judiciais, Francisco Luemba acredita que extensão do prazo para mais 45 dias é praticamente tácita, mas aponta o dedo a quem devia investigar e não fez nada, enquanto os detidos continuam na prisão sem nenhuma acusação formal.
José Marcos Mavungo e Arão Tempo foram detidos a 14 de Março antes do início de uma marcha organizada por Mavungo contra as violações dos direitos humanos e a gestão da governadora de Cabinda Aldina Matilde da Lomba. Tempo foi preso na fronteira com a República do Congo quando ia fazer uma consulta médica.
O advogado Francisco Luemba, que integra a equipa de defesa de Mavungo e Tempo, confirma que ambos enfrentam problemas de saúde. No início tiveram alguma assistência médica, mas agora não.
Luemba diz estar preocupado pela falta de respeito pela legalidade neste caso.