Analistas dizem que a visita, a partir desta segunda-feira, 17, do presidente português à Guiné-Bissau vai fortalecer os laços de cooperação e legitimar as autoridades.
O especialista em relações internacionais, Fernando da Fonseca, diz que a visita de Marcelo Rebelo de Sousa será “uma mais valia” que vai “criar uma narrativa em relação ao reconhecimento e a legitimidade deste Governo face aos seus parceiros internacionais".
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“Acredito que esta visita pode servir ainda de uma oportunidade fundamental para que o actual Governo possa junto do Presidente Português ampliar a cooperação entre Guiné-Bissau e Portugal”, disse Fonseca.
Veja Também "Professor Marcelo, não és bem-vindo na Guiné-Bissau", afirmam guineenses em LisboaE o analista político Rui Landim considera que a deslocação de Rebelo de Sousa não é oportuna, porque o país está confrontado com “sistemáticas violações dos direitos humanos”.
Landim sublinha que a visita “não vem mais que complicar toda uma situação que devia ser de aproximação dos guineenses dos portugueses, mas que vai-nos lembrar o período sinistro da nossa história [o colonialismo]. Mas, os guineenses já repudiaram isso. Os guineenses fizeram saber isso ao Professor Marcelo Ribeiro de Sousa”.
Marcelo de Sousa terá um encontro, em privado, amanhã, 18, com o seu homólogo, Umaro El Mocktar Sissoco Embaló, seguido de declarações à imprensa e de um almoço.
Veja Também Guineenses em Cabo Verde criticam visita de Presidente português a BissauO estadista português vai participar numa cerimónia de deposição de coroas de flores nos túmulos de Amílcar Cabral e João Bernardo "Nino" Vieira, heróis da luta pela independência da Guiné e Cabo Verde.
Ele deverá ainda prestar homenagem aos antigos combatentes portugueses sepultados no cemitério municipal de Bissau, antes de encontros separados com o Presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, e o Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian.