Marcelino dos Santos considera que na Frelimo já não há debates sobre assuntos importantes em prol do povo
MAPUTO —
O fundador e veterano da Frelimo, Marcelino dos Santos, está muito desapontado com o modelo de capitalismo adoptado em Moçambique. Segundo Marcelino dos Santos, a introdução deste modelo nunca foi discutida pelos órgãos da Frelimo.
O veterano da luta armada de libertação nacional ainda acredita que o socialismo de orientação marxista-leninista adoptado pela Frelimo no Terceiro Congresso em 1977 é a solução para a pobreza que assola a maior parte dos moçambicanos.
Marcelino dos Santos falava na Grande Entrevista gravada na TVM.
Desde jovem estudante universitário na Europa, Marcelino dos Santos entregou-se de corpo e alma à causa do povo colonizado, lutando pela independência nacional, sem estar necessariamente nas batalhas militares contra o inimigo.
“Eu quando entrei na Frelimo já era Chefe. Tinha experiência, porque era Secretário das Relações Exteriores da UDENAMO. Mas recebi treinos como todos os guerrilheiros tiveram depois da criação do Centro de Nachingueia. Tinha uma pistola, mas não fui à frente de combate.” disse o fundador e veterano da Frelimo.
Marcelino dos Santos não perdoa os que considera traidores da independência nacional, com Joana Simião e Urias Simango à cabeça.
Segundo Marcelino dos Santos, “no dia 7 de Setembro de 1974, Khavandame, Joana Simião, Urias Simango e outros estiveram juntos com os colonos portugueses que ocuparam a Rádio Clube de Moçambique em protesto contra a assinatura dos Acordos de Lusaka. São esses que você chama camaradas ? Vamos evitar na Televisão Pública usar qualificativos para pessoas que mesmo sendo moçambicanas traíram o povo.”
Mas a zanga do veterano da luta de libertação nacional não termina por aqui. Marcelino dos Santos considera que na Frelimo já não há debates sobre assuntos importantes em prol do povo e condena com veemência o abandono da construção do socialismo de orientação marxista em troca da economia do mercado.
“A mudança de um sistema para o outro, isto é do socialismo discutido e aprovado em Congresso, para o capitalismo não foi debatido dentro da Frelimo, como mandam as regras do partido. Isso começou com Chissano e continuou com Guebuza. Não foi seguida a metodologia da Frelimo. Isso está errado –disse Marcelino dos Santos.
O veterano da luta armada de libertação nacional ainda acredita que o socialismo de orientação marxista-leninista adoptado pela Frelimo no Terceiro Congresso em 1977 é a solução para a pobreza que assola a maior parte dos moçambicanos.
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Marcelino dos Santos falava na Grande Entrevista gravada na TVM.
Desde jovem estudante universitário na Europa, Marcelino dos Santos entregou-se de corpo e alma à causa do povo colonizado, lutando pela independência nacional, sem estar necessariamente nas batalhas militares contra o inimigo.
“Eu quando entrei na Frelimo já era Chefe. Tinha experiência, porque era Secretário das Relações Exteriores da UDENAMO. Mas recebi treinos como todos os guerrilheiros tiveram depois da criação do Centro de Nachingueia. Tinha uma pistola, mas não fui à frente de combate.” disse o fundador e veterano da Frelimo.
Marcelino dos Santos não perdoa os que considera traidores da independência nacional, com Joana Simião e Urias Simango à cabeça.
Segundo Marcelino dos Santos, “no dia 7 de Setembro de 1974, Khavandame, Joana Simião, Urias Simango e outros estiveram juntos com os colonos portugueses que ocuparam a Rádio Clube de Moçambique em protesto contra a assinatura dos Acordos de Lusaka. São esses que você chama camaradas ? Vamos evitar na Televisão Pública usar qualificativos para pessoas que mesmo sendo moçambicanas traíram o povo.”
Mas a zanga do veterano da luta de libertação nacional não termina por aqui. Marcelino dos Santos considera que na Frelimo já não há debates sobre assuntos importantes em prol do povo e condena com veemência o abandono da construção do socialismo de orientação marxista em troca da economia do mercado.
“A mudança de um sistema para o outro, isto é do socialismo discutido e aprovado em Congresso, para o capitalismo não foi debatido dentro da Frelimo, como mandam as regras do partido. Isso começou com Chissano e continuou com Guebuza. Não foi seguida a metodologia da Frelimo. Isso está errado –disse Marcelino dos Santos.