Líderes regionais e parceiros internacionais reúnem-se sexta-feira para definirem o plano de envio de uma força militar da CEDEAO para o Mali
BAMAKO —
A comunidade internacional tem o encontro marcado esta sexta-feira em Bamako para definir uma estratégia com vista à intervenção militar no norte do Mali.
O ministro francês da Defesa diz que a operação pode ter lugar dentro de semanas, mas outros afirmam que o seu inicio pode ainda levar meses ou mesmo ano.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu há meses à CEDEAO para apresentar um plano mais detalhado de intervenção militar no norte do Mali contra os grupos islâmicos associados da al-Qaida que controlam a região desde Abril passado.
O orgão das Nações Unidas aprovou uma resolução na qual exorta os países da África Ocidental a ultimar os preparativos para a intervenção. A CEDEAO e a União Africana têm um prazo de 45 dias para agir, ou seja apresentar o plano detalhado.
Só assim o Conseho de Segurança poderá votar pela segunda vez para decidir a favor ou não da intervenção. Tudo isso, apenas para conferir o mandato internacional, uma vez que a operação será liderada pelos africanos, ou seja pela CEDEAO.
A organização regional e os mediadores malianos devem continuar no entanto as negociações com os grupos armados no norte do Mali, em particular com o movimento tuaregue do MNLA, e possivelmente com Ansar Dine, um grupo de tuaregues malianos ligado à al-Qaida.
Esta estratégia, afirmam os especialistas, poderá pelo menos isolar os mais extremistas e elementos estrangeiros, tal como a AQIM – Al-Qaida do Magreb Islâmico, impedindo-os de ganhar terreno.
Kwesi Aning, director de Pesquisas no Centro Internacional de Manutenção da Paz Koffi Annan em Acra, diz que a CEDEAO precisa pelo menos de 4 meses para colocar tropas no Mali, após a luz verde das Nações Unidas. O risco de uma acção rápida e falhada, diz ele, é igual no caso de uma não intervenção.
“Existem razões práticas e técnicas que fazem com que se leve mais tempo para o envio ao terreno de uma força credível de 3 mil homens. Não temos aviões de combate. Não temos meios de observação em tempestades de areia. Não temos botas e equipamentos apropriados. Tudo que as tropas da CEDEAO vão precisar vai ter que ser solicitado desde o início. E repare que a maioria dos países que prometeram soldados não dispõem de tropas treinadas para combater em meios como o deserto", diz Aning
A França anunciou que irá dar apoio logistico e a União Europeia está a trabalhar no sentido de enviar conselheiros militares.
Até ao momento, a Nigéria e o Benim são os dois únicos países que garantiram tropas para a operação. Outros países como o Senegal têm-se mantido neutros, após ameaças dos islamitas de que atacarão qualquer país que contribua com tropas.
Existem também receios de que a accção militar possa provocar um exôdo de refugiados e de jihadistas para os países vizinhos.
O ministro francês da Defesa diz que a operação pode ter lugar dentro de semanas, mas outros afirmam que o seu inicio pode ainda levar meses ou mesmo ano.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu há meses à CEDEAO para apresentar um plano mais detalhado de intervenção militar no norte do Mali contra os grupos islâmicos associados da al-Qaida que controlam a região desde Abril passado.
O orgão das Nações Unidas aprovou uma resolução na qual exorta os países da África Ocidental a ultimar os preparativos para a intervenção. A CEDEAO e a União Africana têm um prazo de 45 dias para agir, ou seja apresentar o plano detalhado.
Só assim o Conseho de Segurança poderá votar pela segunda vez para decidir a favor ou não da intervenção. Tudo isso, apenas para conferir o mandato internacional, uma vez que a operação será liderada pelos africanos, ou seja pela CEDEAO.
A organização regional e os mediadores malianos devem continuar no entanto as negociações com os grupos armados no norte do Mali, em particular com o movimento tuaregue do MNLA, e possivelmente com Ansar Dine, um grupo de tuaregues malianos ligado à al-Qaida.
Esta estratégia, afirmam os especialistas, poderá pelo menos isolar os mais extremistas e elementos estrangeiros, tal como a AQIM – Al-Qaida do Magreb Islâmico, impedindo-os de ganhar terreno.
Kwesi Aning, director de Pesquisas no Centro Internacional de Manutenção da Paz Koffi Annan em Acra, diz que a CEDEAO precisa pelo menos de 4 meses para colocar tropas no Mali, após a luz verde das Nações Unidas. O risco de uma acção rápida e falhada, diz ele, é igual no caso de uma não intervenção.
“Existem razões práticas e técnicas que fazem com que se leve mais tempo para o envio ao terreno de uma força credível de 3 mil homens. Não temos aviões de combate. Não temos meios de observação em tempestades de areia. Não temos botas e equipamentos apropriados. Tudo que as tropas da CEDEAO vão precisar vai ter que ser solicitado desde o início. E repare que a maioria dos países que prometeram soldados não dispõem de tropas treinadas para combater em meios como o deserto", diz Aning
A França anunciou que irá dar apoio logistico e a União Europeia está a trabalhar no sentido de enviar conselheiros militares.
Até ao momento, a Nigéria e o Benim são os dois únicos países que garantiram tropas para a operação. Outros países como o Senegal têm-se mantido neutros, após ameaças dos islamitas de que atacarão qualquer país que contribua com tropas.
Existem também receios de que a accção militar possa provocar um exôdo de refugiados e de jihadistas para os países vizinhos.